As vantagens de viver em uma casa automatizada são muitas, e podem ser separadas em três pilares, independente da marca de automação: conforto, segurança e economia.
Automações simples são as minhas favoritas como instalar uma fechadura digital e ficar livre das chaves, automatizar o abajur da sala para ligar às 17h e desligar às 22h indicando que é hora de dormir, criar uma cena para ligar o home cinema, outra cena para começar a trabalhar, outra para sair de casa e outra para acordar com a luz do dia ao abrir a cortina automaticamente.
No pilar da segurança eu gosto de saber se o portão foi aberto de madrugada, que horas a faxineira chegou, através da câmera saber se meus cães estão bem e ficar tranquilo que não há vazamentos de gás e água na minha casa.
Economizar energia é prioridade, independente da marca de automação.
Automatizar o aquecedor de água para desligar durante a noite, desligar luzes externas e medir o consumo de energia, são algumas funcionalidades que me deixam tranquilo que não haverá desperdícios, como um ar-condicionado ligado quando eu estiver viajando, por exemplo.
A tecnologia nos ajuda a viver melhor, protege a família e economiza água e energia. Mas qual marca de automação escolher para atingir esse objetivo?
Essa é uma pergunta que eu recebo constantemente, e nesse post você vai saber como escolher a marca de automação que é melhor para você.
O primeiro ponto é a estabilidade da Internet no local
Se a casa está em uma região onde a conexão é instável, não tem fibra óptica e o link cai com frequência, você não deve optar por um sistema Wi-Fi.
Os sistemas Wi-Fi como o Sonoff ou Tuya, que é a plataforma que equipa grandes marcas de automação nacionais, dependem da conexão com o servidor para funcionar.
Na maioria das casas e apartamentos isso não é um problema, já que a Alexa também precisa da Internet e, hoje em dia, sem Internet a casa não funciona.
O segundo ponto é o tipo de processamento das cenas
Se você tem cenas que em uma eventual falha de conexão com a Internet, podem gerar prejuízos e desperdícios, você deve optar por um sistema com processamento local.
Um exemplo é a irrigação do jardim.
Se o irrigador for ligado e agendado para desligar em um horário, na falta de conexão com a Internet a cena poderá falhar, e o irrigador ficará ligado gerando um desperdício de água e energia.
Se nessa casa houver uma central com processamento local, independente da Internet, a cena irá funcionar e o irrigador será desligado.
Em um apartamento por exemplo, obviamente isso não é um problema.
Por isso, é importante entender quais cenas a automação vai controlar para escolher a marca de automação.
O terceiro ponto é o Wi-Fi
Esse é o ponto mais polêmico, porque na maioria das casas o Wi-Fi é instalado de forma incorreta, com áreas de sombra, configurações erradas e hardware inadequado.
Um sistema Wi-Fi bem dimensionado é a base de uma casa conectada.
Sem isso, nada funciona direito, ainda mais hoje em dia que os dispositivos são todos Wi-Fi.
Se o Wi-Fi não funciona bem, ou existe muita interferência no local, é melhor escolher uma marca de automação cabeada, ou uma que use tecnologias com frequências abaixo de 1 Ghz, como o Z-Wave, por exemplo.
Agora, se o Wi-Fi foi bem planejado, configurado e testado, certamente qualquer sistema vai rodar bem, independente da tecnologia de comunicação.
Investir em um bom Wi-Fi vale a pena e deve ser feito independente da marca de automação.
O quarto ponto é o número de dispositivos e a distância entre eles
Tecnologias sem fio do tipo Mesh, como o Zigbee e o Z-Wave, permitem que cada módulo ligado na elétrica repita o sinal de comunicação. Isso é ótimo e deixa a rede robusta e confiável.
Mas tem limitações. Você não pode, por exemplo, usar um módulo como gargalo de entre dois grupos de módulos. Você também não pode ter mais do que 3 saltos entre eles, e precisa de comunicação direta para os dispositivos alimentados à bateria.
Logo, é preciso analisar o tamanho da casa versus o número de dispositivos e as distâncias entre eles, para decidir qual marca de automação escolher.
Um sistema cabeado e centralizado resolve o problema de longas distâncias, mas exige uma infraestrutura complexa de cabeamento.
Um sistema Wi-Fi bem dimensionado resolve o problema também, mas exige um hardware top de linha para garantir a qualidade do sinal, principalmente em 2.4 Ghz que é uma banda congestionada.
Um sistema Z-Wave ou Zigbee é uma ótima solução, desde que use mais de um hub, interligados por cabo de rede se houver distâncias longas, como um terceiro pavimento ou um salão de jogos, por exemplo.
O quinto ponto são as interfaces
Todos os sistemas disponíveis no Brasil possuem App para controle da casa, e quase todos são compatíveis com a Alexa e o Google Assistente.
Porém, alguns sistemas oferecem interruptores touchscreen, telas dedicadas de parede, controle remoto integrado à automação, botões de cenas outras interfaces.
A interface com o usuário deve ser a mais simples possível para que a família inteira goste e use. Então, entender sobre as diferenças entre as interfaces é fundamental para escolher a marca de automação que você vai investir.
O sexto ponto é o preço
Este ponto ficou por último porque depende dos pontos anteriores.
Se você tem um apartamento de 80m2, quer controlar tudo pela Alexa, não tem cenas críticas e quer gastar pouco, um sistema Wi-Fi irá atender muito bem.
Se você mora em uma casa onde é necessário o processamento das cenas no local, ou a Internet não é estável, você deve investir em um sistema Z-Wave, Zigbee ou cabeado.
Esses sistemas têm mais recursos, e por isso são mais caros. E ainda tem sistemas com interfaces sofisticadas, telas dedicadas e controles remotos, que são ainda mais caros.
O segredo para um projeto de sucesso é estudar o local e a infraestrutura, unidos com a necessidade do usuário e valor de investimento.
Agora que você sabe os pontos chave para escolher a marca de automação, faça uma busca e consulte um profissional certificado.
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