Quando as pessoas ouvem a palavra “blockchain”, elas geralmente pensam em criptomoedas. Essas são as moedas digitais ou tokens como Bitcoin, Etherium e até mesmo Dogecoin.
Na verdade, essas moedas digitais e tokens são simplesmente aplicativos que usam o blockchain para o histórico de transações.
Quando você compra, vende ou negocia moedas digitais, um registro público é adicionado ao blockchain, que consolida a transação.
No nível mais básico, é isso que é um blockchain: um banco de dados completamente distribuído. Não existe servidor central, em vez disso, os dados são replicados em toda a Internet em Peer to Peer (P2P), ou seja, uma rede ponto a ponto de blocos transacionais.
Por que essa distinção importa? Porque com um blockchain, existem muitas fontes dos mesmos registros de dados e a cadeia (chain) de transações é validada por essas fontes.
Isso impede alterações, porque mesmo se várias fontes forem hackeadas, ainda assim a transação não poderia ser alterada devido à validação das outras fontes.
E como resultado, cria-se um nível muito maior de integridade e segurança dos dados.
A integridade do software dos dispositivos
Sabendo disso, você pode começar a ver como o blockchain pode trazer benefícios para a Internet das Coisas.
Em vez de procurar por atualizações de software de dispositivos IoT nas páginas de suporte de cada um de seus dispositivos, por exemplo, com o blockchain você poderia visualizar todas as informações de atualização em uma única página.
Você também saberia se um dispositivo que foi feito por alguma marca desconhecida foi realmente certificado e projetado para seguir os protocolos de segurança necessários.
Atualizações a partir de uma fonte confiável
Agora vamos falar sobre os “smart contracts”, ou “contratos inteligentes”, que são outra implementação do blockchain.
Contratos inteligentes são programas armazenados em um blockchain, que são executados quando condições predeterminadas são atendidas.
Eles normalmente são usados para automatizar a execução de um acordo, de modo que todos os participantes possam ter a certeza imediata do resultado, sem o envolvimento de qualquer intermediário.
Eles também podem automatizar um fluxo de trabalho, disparando a próxima ação quando as condições forem atendidas.
Agora, imagine se todos os seus dispositivos IoT tivessem contratos inteligentes com os fabricantes de dispositivos para que, quando uma atualização de software ficasse disponível, um contrato inteligente para atualizar o software fosse instalado.
Você teria o firmware mais recente em seu dispositivo assim que ele ficasse disponível, e saberia que a atualização é de uma fonte confiável.
Mais importante, você saberia que a atualização não seria de uma pessoa aleatória se passando pelo fabricante do dispositivo.
Compartilhamento de acesso aos dispositivos
O blockchain também pode ajudar com a autenticação do usuário em sua casa inteligente.
Atualmente, você tem que convidar os membros da família para se tornarem usuários da casa. Mas, se o membro da família convidado for hackeado, um terceiro poderia receber o convite e ter acesso aos dispositivos.
Agora, imagine a mesma situação usando o blockchain para autenticação.
Ao criar registros imutáveis das pessoas em uma casa, teríamos um único registro para rastrear os usuários autenticados. E se todos os seus dispositivos pudessem usar esse blockchain, eles saberiam quem seria cada um desses usuários autenticados.
As aplicações blockchain para a casa inteligente ainda não estão disponíveis, mas a iniciativa Matter anunciou que usará o blockchain para a unificação da comunicação entre dispositivos.
Os primeiros dispositivos “compatíveis com Matter” estão previstos para 2022, e eu mal posso esperar para ter, usar e testar essa nova tecnologia.
Acesse https://queroautomacao.com.br/evento e participe do próximo workshop!
Fontes: IBM, Silicon Labs e Stacey Higginbotham